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.Enterro em cemitério de Bergamo, Itália no dia 16/3/2020

A pandemia do novo coronavírus já provocou a morte de milhares de pessoas na Itália. O país soma milhares de mortos em um curto espaço de tempo, o que fez com que muitos necrotérios ficassem locados. Assim, igrejas decidiram ceder o espaço dos templos para abrigar os caixões.

“Há uma fila do lado de fora da nossa agência funerária em Cremona”,  diz Andrea Cerato, que trabalha em uma funerária em Milão. Ela explicou que a morte por coronavírus se torna ainda mais comovente, porque os parentes das vítimas não podem se despedir dos falecidos, já que existe o risco de contaminação com o vírus.

“Eles não têm escolha a não ser confiar em nós (…), assumimos toda a responsabilidade por eles”, diz Cerato. Nas últimas 24 horas, a Itália registrou 683 mortos, segundo informações da Agência de Proteção Civil do país divulgadas nesta quarta-feira (25) e reportadas pela EBC.

Apesar de ainda assustador, o número representa uma queda em reação ao dia anterior, na terça-feira, que registrou 743 mortos no mesmo prazo de tempo. Para tentar conter o avanço do vírus, os funerais também foram suspensos. Os caixões são fechados e o enterro é providenciado de forma simples.

O número de caixões nas funerárias é tão alto que “é quase como um supermercado”, diz Cerato. Além das igrejas se oferecendo para acolher os mortos enquanto aguardam o enterro, o Exército também precisou intervir para ajudar o governo, na cidade de Bergamo, segundo informações da BBC.

No Brasil, o número de mortos pelo coronavírus é de 57 pessoas, segundo informações atualizadas pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, alcançando 2.433 casos confirmados da doença. A taxa de letalidade até o momento é de 2,4%, estando de acordo com a média mundial.

No estado de São Paulo, considerado o epicentro do Covid-19 no Brasil, cerimonias religiosas também foram suspensas como forma de conter a disseminação do vírus. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador Geraldo Francisco, foi o responsável por conceder essa decisão.

“Aos líderes religiosos, no desempenho da função acolhedora, pacificadora e de propalada preocupação com seus fiéis, cabe mostrar como desempenham esse papel em momento de grave crise sanitária”, justifica o magistrado.

 

FONTE: GOSPEL+, por 

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