Notícias

O cristão deve olhar para o isolamento social e a quarentena do coronavírus como uma oportunidade de se aproximar de Deus. Essa perspectiva foi apresentada por um importante líder cristão norte-americano.

Timothy Head, diretor da Coalizão Fé e Liberdade, publicou um artigo em que pontua a existência de “solidariedade nas dificuldades e no isolamento”, e que essa lição estimulou a formação de “milícias de carinho” e descobertas de novas maneiras de continuar celebrando a fé, apesar das suspensões de cultos e isolamento social usado como ferramenta de combate ao coronavírus.

No portal The Christian Post, Head comentou que as igrejas em todo o mundo estão tendo seus cultos cancelados para evitar a aglomeração de pessoas. Como consequência, famílias cristãs passaram a celebrar cultos em suas casas, assistindo as pregações de seus pastores pelas redes sociais.

Entretanto, ele lembrou que a necessidade de cultuar a Deus em casa pode ser uma novidade para os cristãos do Ocidente, mas é a rotina dos seguidores de Cristo em países como China e Indonésia.

“Para muitos ao redor do mundo, as igrejas domésticas não são novas. Na China, existem mais de 30 milhões de cristãos que adoram em segredo diante da perseguição. As reuniões cristãs são ilegais na China, então esses cristãos adoram no que são conhecidas como ‘igrejas domésticas’ – locais secretos de adoração. Às vezes, os cultos acontecem literalmente em uma casa, e às vezes ocorrem em salas de reunião clandestinas”, contextualizou.

Em seguida, Head colocou em perspectiva que essa limitação é temporária e não é fruto de perseguição religiosa: “Os cristãos americanos não estão adorando em segredo, mas nós estamos adorando em isolamento físico. Embora não tenhamos o mesmo tipo de espírito de adoração coletiva de uma grande igreja reunida nas mídias sociais, o que temos é a oportunidade de ter um momento para fortalecer o compromisso de nossa família com nossa fé”.

“As famílias são os alicerces de uma sociedade moral, saudável e próspera, e se usarmos esse tempo para mostrar amor e gratidão uns aos outros e a Deus; ler a Bíblia em família, como as pessoas fizeram por centenas de anos; e para ter conversas pessoais sobre por que nossa fé é importante, podemos colher as bênçãos do tempo juntos. Isso inclui uma oportunidade única de adorar com nossos filhos, que normalmente podem ser separados dos adultos no ‘culto infantil’ durante os cultos de domingo”, ponderou o líder cristão.

O aspecto mais importante, no entanto, é a oportunidade de usar o tempo livre para uma reflexão e o estreitamento das relações: “Quarentena, bloqueio e distanciamento social nos permitem espaço para considerar valores orientados para a fé. Os casais que estão com dificuldades no casamento podem usar esse tempo para trazer paz ao relacionamento e redescobrir o amor um pelo outro”.

Segundo ele, é preciso lembrar que, quando estamos irritados com a proximidade constante de nossos cônjuges, enquanto trabalhamos como pais, que o casamento é um sacramento da fé e a personificação viva do amor de Jesus pela Igreja. Se nos lembrarmos que o casamento é um sacramento, enfrentaremos o desafio do conviver com amor um pelo outro, em vez de irritação”, acrescentou.

Ao final, o isolamento social foi apresentado por Timothy Head como uma oportunidade de intercessão pelas pessoas que precisam de oração: “Podemos orar um pelo outro. Podemos orar por aqueles que estão encarcerados; aqueles que são novos neste país e podem estar enfrentando esse desafio sem uma rede de apoio; aqueles que estão doentes; aqueles que são sem-teto; e aqueles que estão preocupados com o pagamento das contas”.

“Vamos usar esse tempo para nos aproximarmos de Deus e uns dos outros. Quando finalmente emergirmos de nossos lares, podemos emergir com fé renovada, em vez de fazê-lo com medo”, encorajou.

 

FONTE: GOSPEL+, por 

Veja também