Notícias

Marcela Taís é uma das vozes que se consolidou na música gospel como representante de uma abordagem artística alternativa, e com isso, atraiu milhares de seguidores nas redes sociais para seu trabalho. Como parte da campanha Setembro Amarelo, que visa prevenir os efeitos da depressão, ela relatou um episódio de abuso sexual sofrido na infância.

A legenda da foto publicada no Instagram, com a afirmação “Eu sobrevivi”, trouxe um relato sobre a situação vivida pela cantora anos atrás, quando um parente se comportou de forma inadequada, e isso acarretou em insegurança e amargura.

“Eu achei que morreria (mas por dentro). Tinha *10 anos, e embora tenha tido pais tão cuidadosos ao ponto de na infância nem me deixarem dormir na casa das amiguinhas, não deixarem eu sentar em colo de adultos e até trancarem a porta do meu quarto quando alguma visita dormia em nossa casa por menos suspeita que fosse… Aconteceu, e veio por onde menos se esperava, sofri um abuso sexual”, contou.

A situação causou pânico e falta de reação, revelou Marcela Taís: “Não foi estupro, mas carícias indevidas e invasivas diversas, fiquei com medo e confusa, entrei em pânico, não consegui reagir. Não havia socorro, todo mundo sabia que eu estava passeando na fazenda com ‘um parente confiável (pais, não confiem em ninguém)”, contextualizou.

Há pouco mais de dois anos, a cantora também precisou vir a público relatar um assédio sofrido por um fã obcecado, e demonstrou preocupação com a situação.

“Meu pai e irmão foram meus heróis após saberem, doeu ver a angústia profunda e a frustração deles por não terem estado ali e, minha mãe meu socorro emocionalmente… O problema é que demorei 3 anos para contar por ser um parente, quis poupar a esposa e os filhos do homem… (não façam isso). Até um dia que lembro-me desmoronar no chão da cozinha quando minha mãe, depois de tanto tempo insistindo, me perguntar angustiada: ‘Filha, você mudou! Era tão alegre e doce, agora é triste, o q aconteceu?’. Ouvir aquilo me quebrou. Deus não havia me feito para ser amarga!”, desabafou a cantora.

“Sou viva demais para aceitar viver pela metade! Durante muitas noites chorando orei: ‘Ou isso me mata ou isso me fortalece! Deus, não irei te culpar embora não compreenda o porquê, mas, se o Senhor prometeu que todas as coisas cooperam para aqueles que te amam, eu quero uma resposta’. Sem saber, meu ministério havia começado ali. Aprendi ser muito mais amável e entender a dor do próximo, por isso quis ajudar com canções, decidi trocar maldição por bençãos, manter a esperança!”, testemunhou.

A cantora também enfatizou que parte da vitória contra a depressão é autodeterminação: “Não aceitei o refúgio da ‘pena’, não aceitei vida manca, a culpa não era minha! Inclusive, perdoei quem me feriu, não que isso o liberou do erro, mas me liberou, voei alto em todos os sentidos e áreas da minha vida. Ter fé me fez sobreviver, Deus é justo e recompensador, ampara com amor avassalador. Não deixe a tristeza vencer, Ele pode curar qualquer ferida! Participe desta corrente encorajadora, conte sua história”, incentivou.

Confira o relato feito por Marcela Taís em seu perfil no Instagram:

View this post on Instagram

Eu achei que morreria (Mas por dentro). Tinha *10 anos, e embora tenha tido pais tão cuidadosos ao ponto de na infância nem me deixarem dormir na casa das amiguinhas, não deixarem eu sentar em colo de adultos e até trancarem a porta do meu quarto quando alguma visita dormia em nossa casa por menos suspeita que fosse… Aconteceu, e veio por onde menos se esperava, sofri um abuso sexual. Não foi estupro, mas carícias indevidas e invasivas diversas, fiquei com medo e confusa, entrei em pânico, não consegui reagir. Ñ havia socorro, todo mundo sabia que eu estava passeando na fazenda com “um parente confiável”. (Pais, não confiem em ninguém.) Meu pai e irmão foram meus heróis após saberem, doeu ver a angústia profunda e a frustração deles por não terem estado ali e, minha mãe meu socorro emocionalmente… O problema é q demorei 3 anos p/ contar por ser um parente, quis poupar a esposa e os filhos do homem… (NÃO façam isso) Até um dia q lembro-me desmoronar no chão da cozinha qndo minha mãe, depois de tanto tempo insistindo, me perguntar angustiada: “Filha, você mudou! Era tão alegre e doce, agora é triste, o q aconteceu?”. Ouvir aquilo me quebrou, Deus não havia me feito p/ ser amarga! Sou viva demais p/ aceitar viver pela metade! Durante mts noites chorando orei: “Ou isso me mata ou isso me fortalece! Deus, não irei te culpar embora não compreenda o porquê, mas, se o Senhor prometeu q todas as coisas cooperam p/ aqueles que te amam, eu quero uma resposta.” Sem saber, meu Ministério havia começado ali. Aprendi ser muito mais amável e entender a dor do próximo, por isso quis ajudar com canções, decidi trocar maldição por bençãos, manter a esperança! Ñ aceitei o refúgio da “pena”, ñ aceitei vida manca, a culpa não era minha! Inclusive, perdoei quem me feriu, ñ que isso o liberou do erro, mas me liberou, voei alto em todos os sentidos e áreas da minha vida. Ter fé me fez sobreviver, Deus é justo e recompensador, ampara com amor avassalador. NÃO deixe a tristeza vencer, Ele pode curar qualquer ferida! Participe desta corrente encorajadora, conte sua história, tire foto com um papel escrito esta frase e use a tag #EuSobrevivi • #SetembroAmarelo

A post shared by Marcela Taís (@marcelataisoficial) on

Veja também