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A palavra “preconceito” se aplica muito bem quando envolve a discriminação de pessoas por conta da aparência, estilo de roupa e gostos pessoais secundários como o gênero musical, acessórios estéticos ou um simples corte de cabelo. No meio cristão, quem mais sabe disso por vivenciar essa realidade são os chamados “metaleiros, punks e góticos”.

Apesar de o tradicionalismo (que se difere de doutrina e em parte da tradição) já ter sido superado por muitas denominações cristãs evangélicas, ainda há muita resistência em acolher e compreender o público das subculturas, como os roqueiros em geral, góticos e semelhantes.

Visando contribuir para a superação desses estigmas e mostrar ao público alternativo que o Evangelho de Cristo é o único caminho para a salvação espiritual humana, Billie Sylvian, uma inglesa, fundou o ministério “Asylum”, em Londres, Inglaterra.

“Irmandade Asylum. Compartilhando o Amor de Cristo com Góticos, Metaleiros, Punks, etc”, diz a inscrição na fachada do edifício onde o grupo se reúne semanalmente para estudar a Bíblia e louvar a Deus.

“Comecei a Asylum porque, pra mim, parecia algo que Deus realmente queria que acontecesse. Senti que Jesus estava me pedindo para alcançar essas pessoas”, disse ela, segundo informações do Vice.

Em sua página na internet, a comunidade ressalta os erros cometidos por alguns cristãos, que no lugar de se aproximar do público “alternativo” terminou contribuindo para o distanciamento cada vez maior dele do Evangelho, criando barreiras

“Sabemos que muita gente em subculturas foi prejudicada por ações insensíveis e hipócritas de alguns cristãos. Estamos fazendo todo o possível para desfazer alguns desses danos (mesmo cometendo erros porque somos humanos!) e esperamos, com a sua ajuda, conseguir”, diz um trecho.

“Deus não está interessado em roupas, ele está interessado no coração das pessoas”, reforça o comunicado, acolhido pelo testemunho dos membros do grupo, como Craig, um ex-satanista que disse ter encontrado paz após conhecer Jesus e mudar devida. Tudo começou quando ele ouviu rock cristão em uma fita cassete, por engano.

“Foi um período muito sombrio da minha vida que já tentei bloquear”, disse ele ao lembrar do passado. “Foi uma parte muito horrível e assustadora da minha vida, mas agora minha vida é o oposto”.

Por fim, o grupo preza pela pluralidade, por isso há pessoas com diferentes pensamentos e várias origens de crenças, inclusive não religiosos. Todavia, o eixo da comunidade diz respeito ao estudo dos Evangelhos e a fé em Deus, ocorrido sempre através das reuniões e eventos mensais de música alternativa.

“A Asylum está aberta para toda a comunidade alternativa e diz ‘se você acredita em Deus, Alá ou se é uma bruxa, ou mesmo se não acredita em nada, não importa’”, disse Paul, outro membro da comunidade. “Estamos aqui para discutir e ouvir, e é isso que torna a Asylum única”.

 

FONTE: GOSPEL+, por Will R. Filho

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