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O trabalho missionário em diversos países não tem sido fácil, pois os cristãos estão sendo confrontados com a intolerância religiosa. O testemunho de um missionário que chamaremos aqui apenas por V.J exemplifica bem essa dura realidade.

Ele contou como foi a sua experiência missionária, enquanto esteve no Oriente Médio, onde chegou a ser preso por amor a Jesus. Tudo começou no período do primeiro ano da faculdade de Educação Física, onde V.J reuniu alguns amigos próximos para ir ao Paraguai.

“No primeiro ano da faculdade de Educação Física, organizei uma viagem missionária com os meus melhores amigos. Fomos ao Paraguai, para ajudar um campo missionário da APMT [Agência Presbiteriana de Missões Transculturais]. Ficamos 30 dias por lá, ajudando com teatro, coreografia, bandas de música, Escola Bíblica de Férias”, contou ele.

Chamado aos 18 anos de idade para o ministério, ele conta que seu coração sempre ardia ao ouvir vários relatos de missionários nas igrejas e se emocionava bastante.

Durante a sua experiência no Paraguai, no período da janta, ele viu uma reportagem na televisão de um canal brasileiro, o que terminou lhe servindo como um despertar para o ministério missionário.

“Nessa cidade do Paraguai, pegavam alguns canais de televisão do Brasil. E na hora do jantar estava passando o Jornal Nacional e eles falaram assim: ‘Esta semana vamos fazer uma reportagem especial sobre o Afeganistão”, contou.

“Falaram sobre o regime Talibã, que exercia o papel político do país e eles estavam oprimindo muitas pessoas com uma guerra civil. Aquilo me incomodou muito. Fui para o quarto, fechei a porta e comecei a orar”, estacou.

Ele contou que orou profundamente para que Deus enviasse missionários aquele local, pois não se conformava com tantas almas sofrendo e sendo mortas, sem ter conhecido a verdadeira salvação, até que no momento sentiu o Espírito Santo falar ao seu coração: “‘Mas por que você não vai?’”, lembra.

V.J resolveu se preparar. Se formou em teologia e missiologia e junto com a sua esposa foi para a região do Golfo. “Você não vê homens-bomba, guerras, mas ainda assim, possui certa instabilidade,” disse ele ao Guiame.

Eles conseguiram se aproximar do público através do esporte, montando uma escolinha de futebol e ensinando valores cristãos, sem precisar falar diretamente no nome de Jesus.

O comportamento a as atitudes diferentes fizeram com que ele chamasse mais a atenção dos muçulmanos e muitos se tornaram amigos.

“Eu falava de Jesus quando as pessoas me perguntavam e quem me perguntava eram os meus amigos. Eles viam uma diferença de vida. […] Eles me perguntavam: ‘O que você tem de diferente?’ e eu respondia: ‘É Deus na minha vida’. E eles insistiam: ‘Mas que Deus é esse?’. Então, como ele já é meu amigo, respondo para ele, porque ele não vai me denunciar”, contou.

O momento pacífico na vida de V.J, no entanto, não durou muito. Ele foi descoberto como um missionário ao entregar bíblias na região. Detido em uma delegacia, ele foi interrogado. “Se você não quer falar sobre isso, vai ser preso”, disse um dos policiais.

“Tudo bem. Eu vou ser preso”, respondeu o missionário. “Você reage assim a uma prisão?”, questionou o oficial.

V.J foi preso e passou 10 dias detido sob condições precárias, sendo psicologicamente torturado, mas conseguiu se manter firme na fé baseado no exemplo do Apóstolo Paulo, que também foi preso por amor a Cristo.

Hoje V.J e a esposa estão no Brasil, se recuperando de todo o processo traumático que sofreram, mas já se preparam novamente para voltar ao Oriente Médio, motivo pelo qual mantiveram os seus nomes em segredo. Assista abaixo:

 

FONTE: GOSPEL+, por 

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